A vacina contra a COVID-19 chegou recentemente ao nosso país, trazendo esperança de dias melhores. Entretanto, não se sabe ao certo se as gestantes e mulheres que amamentam poderão recebê-la.
Os estudos que investigaram a eficácia e segurança da Coronavac e da vacina da Astra-Zeneca (Oxford) não incluíram gestantes e lactantes. Portanto, não é possível ter certeza da sua segurança nesta população.
Porém, extrapolando dados de vacinas anteriores nestas populações, é possível sugerir que o risco de problemas à saúde da mãe ou do bebê seja mínimo ou nulo. Temos vacinas com tecnologia semelhante, já usadas nos dois grupos, como a influenza e DTPa.
O risco-benefício da vacinação contra a COVID-19 deve ser discutido caso a caso com o obstetra. Se a gestante ou lactante tiver condições favoráveis para manter um isolamento social, pode-se considerar adiar a vacinação. Caso seja uma mulher mais exposta ao novo coronavírus, como uma profissional da saúde, provavelmente o risco hipotético da vacina seja muito menor que o risco da doença.
Vale considerar que a COVID-19 pode causar parto prematuro, um risco de 3% de transmissão ao recém-nascido e maior risco de mortalidade e formas graves na gestante e puépera.
Concluindo, o risco da vacina nesta população parece ser muito baixo, porém, não temos estudos que comprovem essa hipótese. O risco da COVID-19 para estas mulheres é real, enquanto o risco da vacina é hipotético. Por isso, cada caso deve ser discutido com o médico, com participação da mulher na decisão de tomar ou não a vacina.
É importante salientar que tem sido veiculadas fake news sobre a vacina, como o risco de mudança do DNA, instalação de chip e eficácia baixa. Nenhuma dessas informações procede e a eficácia da vacina é suficientemente boa para investirmos nossas fichas nela. A coronavac tem uma eficácia de mais de 50% para evitar a doença, mais de 70% para evitar doença moderada a grave e 100% para evitar o óbito.
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